Feirante é condenado a 22 anos por morte de pedreiro

Os jurados do 1º Tribunal do Júri de Belém, presidido pelo juiz Edmar Pereira, votaram nesta segunda-feira, 02, pela condenação de Afonso de Souza Lima, 32 anos, feirante, acusado da morte de Ronaldo Dantas Cabral, 43 anos, pedreiro. A pena aplicada ao réu foi de 22 anos de reclusão e deverá ser cumprida em regime inicial fechado. Na sentença foi negado ao réu o direito de recorrer em liberdade da condenação.

Por maioria dos votos os jurados acaram a tese acusatória de que o feirante foi autor de homicídio qualificado sustentada pelo promotor de Justiça José Rui de Almeida Barbosa. A defesa, promovida pelo advogado Luiz Carlos Correia, sustentou que o réu se excedeu em sua autodefesa, o que implicaria em uma pena menor.

O filho e a viúva de Ronaldo Cabral compareceram para depor. Ambos relataram que cinco dias antes, o réu tinha agredido com um pedaço de madeira o filho de 17 anos do pedreiro, que registrou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) na Policia Civil. A polícia foi até a casa do acusado da agressão, gerando animosidade entre Afonso Lima e Ronaldo Cabral, responsável pelo TCO.

Em interrogatório prestado o réu confessou ter atingido a vítima com golpes de faca, alegando que Ronaldo Cabral estava armado de faca e que estava disposto a matá-lo. Afonso Lima disse ainda que a motivação da briga com o adolescente, filho da vítima, foi por causa de uma dívida de R$10, que devia ao jovem.

O crime ocorreu por volta das 20h do dia 05/12/2015, na frente da casa da vítima, localizada na passagem São Jorge, no bairro Guamá, em Belém. Conforme declarações das testemunhas ouvidas, a vítima tinha retornado de um jogo de bola e conversava com sua prima na frente da casa quando Afonso Lima, armado com uma faca, aplicou diversos golpes na vítima, totalizando 25 lesões, principalmente na região do abdômen. Embora socorrido por vizinhos e parentes que o levaram até um hospital, Ronaldo Cabral não resistiu aos ferimentos.